terça-feira, 15 de março de 2011

O PIERROT ENFIM TONA-SE ARLEQUIM.

Vou explicar um pouco cada post para que vocês entendam o que quero dizer com os textos.
Esse texto trata-se de uma música falada que retoma a história do teatro dell'arte, a história do triângulo amoroso vivido entre o Pierrot, a Colombina e o o Arlequim fora trazida com uma nova leitura. Reza a lenda que a pessoa que come o coração do Arlequim transforma-se em um. Seguindo essa perspectiva que tentei escrever o texto e acho que seria interessante que vocês dessem uma lida na história para melhor entender a música. abraços a tod@s.


 O PIERROT ENFIM TONA-SE ARLEQUIM.


Conto no meu canto
E até mesmo encanto
Com aquilo que por falta de coragem pra falar
Me fez vir aqui musicar.

Uma história,
Um fato ou até mesmo o acaso
Que juntou dois jovens com medo de errar
Pois sequer sabiam amar.

O Pierrot se apaixonou
Se fez amante,
Cativante, deslumbrante
Sem ao menos pensar se aquilo tudo ia durar.

A Colombina que menina
Alucinou o jovem
Que mais parecia forte
E preferiu jogar a sorte a ter que hesitar.

Tudo começou por um amor ausente
Era apenas amizade
E com cordialidade e vontade
O Pierrot se fez presente.

A colombina que acabara de passar
Por uma decepção veemente
Aceitou ser cortejada
Pra deixar de ser carente.

As intenções foram expostas
Mais nada a se dizer
E o calor do desejo que culminou num beijo
Fez o romance florescer.

O que tinha que ser dito foi dito
O que tinha que ser feito foi feito
Mas nem tudo são flores
E nem tudo é perfeito.

O romance que parecia não ter fim
Teve seu fim inesperado
E o Dom Juan que outrora havia sido deixado de lado
Não entendeu a colombina ter tudo estragado

A colombina não sabia
Ao certo o que sentia
Não se achava a altura do que o Pierrot tanto dizia
Se não ele ninguém faria

O palhaço que muitas vezes se expressava
Nunca desacreditava
Na serenidade com que sorria
A platéia imaculada.

No meio de tanta euforia
Entre toda sinestesia
Como pôde a Colombina achar que tudo não passava
De uma simples fantasia

O Pierrot por outro lado se sentiu insulado
Por ter enfim se entregado
E perceber a demagogia
De amar sem ser amado.

A colombina não imaginava o que acabara de perder
O Pierrot não foi perfeito e nem poderia ser
Mas ele era o mais sincero
Doesse a quem doer

O Pierrot torna-se arlequim sem intenção
E como todo bom palhaço ladrão
No espetáculo da vida achará a mulher
A qual irá roubar o coração.

A história tem começo e até mesmo meio
Mas fim mesmo não tem
Pois o final sempre muda no meio
Basta surgir algo novo ou até mesmo alguém

Foto by Vini Ribeiro  (não lembro o nome do carinha,mas ele permitiu que eu tirasse a foto)

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