sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Dança, quem sonha em voar com os pés no chão!



Eu sou feito de ritmos
Eu transpiro alegria
Sou o eterno encanto
De uma eterna magia
Que no meio da dança
Minha vida balança
Eis a sinestesia

Sinto que hoje sou livre
Pois posso voltar a sonhar
Vivo uma vida mais leve
Dançar, pois não posso voar
A felicidade que hoje me encanta
Me tirou pra dançar uma dança
Que não posso parar de dançar.

Não quero mais choro e nem vela
Só quero uma vida singela
Quero a plenitude da alma
Quero a dama mais bela
Quero o simples sentir
Que o que foi ainda há de vir
Quero viver...só pra ela!­

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Devaneios


Inquietudes constantes me cercam
No meu egoísmo não sei responder
Se é certo elocubrar sobre algo
Criar, sonhar ou querer
Nossas expectativas desenfreadas
Às vezes são sonhos e outras piadas
Não se enganar ao sonhar sem temer

Percebo que o simples dizer
-Que não era aquilo que esperava!
Revela nossas ilusões
Por perceber o que ali não estava
Não sei se vivo uma anedota
Ou me tornei um reles idiota
Ao acreditar em conto de fadas.

Conto de fadas sem um dever
Não temos sequer o direito
De esperar algo que nos torne grande
Sufocando em um mundo perfeito
Não adianta acordado sonhar
Mas no lugar a cabeça botar
Perceber que quem manda não é o peito

Esse peito que nos mutila
Carece de racionalidade
Seria mais simples pensar
Do que sentir a felicidade
Mas quando sinto me faço completo
Me rego em um instante perpétuo
Multifacetado em perplexidade

É fato aquilo que somos
Mas o que somos nem sempre é um fato
Chega de mentir pra mim mesmo
Não vou mais carregar esse fardo
Como diz o grande mestre Gilberto
Vou ficar de braços abertos
Mas meu caminho, “eu mesmo traço”.


segunda-feira, 12 de novembro de 2012

O ponto


O ponto se personifica
Em uma simples e direta relação
Permeando os abismos da vida
Por meio de sua exteriorização.
As vezes como pontos de interrogação
Outras tantas de  exclamação
Sobretudo, como  simples pontos
Vagando na mão e contramão.

Somos pontos finais e de continuação
Somos a pausa da vírgula, em sua respiração
Somos reticências, parênteses e até travessão
Somos pontos soltos no mundo
Somos o eterno processo de mutação!