Como definir o amor?
Seria algo altruísta
Ou mera dissimulação
Do nosso querer egoísta?
Que rouba nossa atenção
E andamos na contramão
Daquilo que nos humaniza
Aquilo que nos humaniza
É também o que nos enfraquece
Ficamos bobos e ciumentos
Sem querer que o mundo regresse
Ao pretérito perfeito ou errante
Que hoje enfeita a estante
Sem ao menos atender nossas preces
O amor é dos sentimentos
Aquele mais puro
Simplesmente algo infantil
Inanimado e muito imaturo
Me invade sem licença usar
Tenho medo de me sufocar
Por muitas vezes ficar em apuros
O amor nos faz perguntar
No seu mais simples gesto intrigante
Até onde eu devo amar
O seu mais doce beijo ofegante?
Ou se deixo a vida levar
Por não saber quando é certo amar
Por não saber quando é certo amar
Me perdendo em seu amor berrante!
Hoje não sei o que sinto
Meu coração é um tambor pulsante
Não tenho mais medo de nada
Nem de ser um romântico amante
Romântico ao me declarar
Sem ao menos em troca esperar
A recíproca consolidante!
Hoje não sei o que sinto
Meu coração é um tambor pulsante
Não tenho mais medo de nada
Nem de ser um romântico amante
Romântico ao me declarar
Sem ao menos em troca esperar
A recíproca consolidante!